O Rio Negro, em Manaus, alcançou o mais baixo nível registrado na segunda-feira, 16, superando a seca histórica de 2010. Com uma queda de mais de 10 cm em um dia, a rápida redução da vazão é sem precedentes. A extrema seca, a pior em mais de um século, afeta 38 municípios, isolando comunidades e causando impactos ambientais.
A descida acentuada das águas do Rio Negro afeta negativamente os afluentes, tornando intransitáveis as rotas fluviais e exigindo a intervenção do governo para garantir o abastecimento em áreas críticas via táxi aéreo. O acúmulo de lixo doméstico nas margens do rio também é um problema crescente.
A seca exacerbou os incêndios florestais, levando 50 municípios do Amazonas ao estado de emergência e 10 em alerta. Até o momento, 112 mil famílias foram afetadas. Para enfrentar a crise, o governo federal anunciou uma verba de R$ 324,3 milhões para ações emergenciais em saúde, defesa civil e habitação.
A melhora temporária da qualidade do ar em Manaus, devido à chuva, não foi suficiente para reverter os impactos na bacia amazônica. A situação continua crítica, e as medidas emergenciais buscam amenizar os efeitos da seca extrema na região.
Fonte: Estadão
