A embaixada chinesa em Berlim emitiu um aviso contundente, afirmando que a China não ficará inerte se o governo alemão decidir limitar o uso de componentes de empresas chinesas, como a Huawei, em sua rede 5G. A advertência surge no contexto da crescente tensão na chamada “guerra dos chips”.
O Ministério do Interior da Alemanha propôs a imposição de restrições às operadoras de telecomunicações para reduzir o uso de equipamentos fabricados pelas empresas chinesas Huawei e ZTE. A decisão se baseia em uma análise interna que ressaltou a dependência alemã desses dois fornecedores.
O assunto será discutido pela alta cúpula do governo alemão na próxima semana, mas já provocou uma resposta enérgica do governo chinês. A embaixada chinesa em Berlim alertou que, se a Alemanha seguir adiante com essa diretriz sem comprovar que os produtos chineses representam uma ameaça à segurança do país, a China não permanecerá passiva. Eles afirmaram que tal ato seria uma violação do princípio de concorrência justa e prejudicaria não apenas as empresas chinesas, mas também a Alemanha.
A embaixada destacou que a Huawei e a ZTE têm uma longa presença na Alemanha e nunca violaram as leis do país. Essa tensão entre Alemanha e China faz parte de um cenário global de disputa tecnológica entre os Estados Unidos e a China.
Pequim enfrentou restrições na importação de chips de alta tecnologia e na aquisição de insumos para o desenvolvimento de seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados. Além disso, o acesso a componentes, tecnologia e software de origem americana foi limitado, o que impactou a capacidade da China de produzir seus próprios chips.
Essa disputa tecnológica tem levado países aliados dos EUA a adotar medidas semelhantes, incluindo a Alemanha. Os chips semicondutores desempenham um papel fundamental na economia moderna, sendo a base de todos os dispositivos eletrônicos, desde smartphones até sistemas de data center. A crescente importância dos chips é evidente na revolução da computação quântica e na inteligência artificial, como exemplificado pelo ChatGPT da OpenAI.
Fonte: Internet
