O Ibovespa encerrou esta sexta-feira (22) com uma leve queda de 0,12%, fechando a 116.008 pontos. No entanto, ao longo da semana, marcada pelas decisões monetárias do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central brasileiro, o índice registrou uma baixa de 2,31%. O desempenho da Bolsa brasileira seguiu a tendência dos benchmarks americanos, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq apresentando quedas de 0,31%, 0,23% e 0,09% no dia e de 1,89%, 2,93% e 3,62% na semana, respectivamente.
A volatilidade nos mercados foi impulsionada pela postura mais rígida do Federal Reserve. Embora a taxa tenha sido mantida no intervalo de 5,25% a 5,50%, Jerome Powell, presidente do Fed, indicou a possibilidade de mais um aumento de 25 pontos-base até o final do ano e sugeriu que os juros nos Estados Unidos não devem diminuir em 2024.
A expectativa de rendimentos mais altos dos títulos do tesouro americano levou a uma saída de investimentos das bolsas de valores, especialmente das emergentes, em direção a esses ativos considerados mais seguros. Os treasuries yields, no entanto, registraram uma leve queda no dia, corrigindo-se após aumentos significativos nos dias anteriores. Os DIs brasileiros também caíram em um movimento de correção, com os DIs para 2025 e 2027 perdendo pontos.
nternamente, uma notícia positiva foi a melhoria na projeção do déficit fiscal do Governo Federal para 2023, passando de R$ 145,4 bilhões para R$ 141,4 bilhões. Além disso, a decisão da China de estimular sua economia com investimento estrangeiro contribuiu para o apetite ao risco. As ações da Vale e da CSN Mineração subiram, enquanto as do Magazine Luiza, Vamos e Gol tiveram quedas significativas. O dólar fechou praticamente estável no dia, mas registrou uma alta de 1,25% na semana. Em resumo, o mercado financeiro reagiu de maneira sensível às decisões do Fed e aos desenvolvimentos econômicos globais, resultando em uma semana de perdas para o Ibovespa e volatilidade nos mercados financeiros em geral.
