Investidores e economistas aguardam ansiosamente o desfecho do orçamento para 2024 no Brasil, apresentado pelo governo em agosto e sujeito à aprovação do Congresso até o final de dezembro. Há crescente atenção para a evolução das contas do governo, com receios de que o controle de gastos e da dívida pública possa se desenrolar mais lentamente do que o desejado.
O Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) para 2024 é o primeiro sob o novo marco fiscal, estabelecendo limites para despesas e metas de resultado primário. No entanto, especialistas indicam que, enquanto o teto de gastos provavelmente será cumprido, a meta fiscal de zerar o déficit em 2024 enfrenta desafios e tende a ser estourada.
As projeções sugerem que o governo encerrará 2024 com um déficit em torno de -0,6% do PIB, contrastando com a meta de 0% prometida. Esse cenário impactará a trajetória da dívida pública, podendo atingir 79% do PIB até o final de 2024, conforme análises da LCA Consultores e Instituto Fiscal Independente (IFI).
O aumento das tensões em torno da execução da meta fiscal se tornou uma preocupação inclusive para o Banco Central. Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) ressaltou a importância da firme persecução dessas metas para a ancoragem das expectativas de inflação e a condução da política monetária, destacando a relevância do desafio fiscal no cenário econômico atual.
Fonte: CNN
Foto: Pedro França/Agência Senado
